Dinastia Goryeo
A Dinastia Goryeo (918-1392), fundada pelo general Wanggeon, serviu a um príncipe revolucionário do Reino de Silla, Gungye. Escolhendo sua cidade natal Songak (hoje, Gaeseong na Coreia do Norte) como capital do reino, Wanggeon proclamou ao mundo a sua meta de reconquistar o território perdido do Reino de Goguryeo no nordeste da China. E proclamou o seu reino de Goryeo, do qual se originou o atual nome Korea (Coreia). Apesar da dinastia não ter conseguido recuperar todo o território da dinastia anterior.
Goryeo desenvolveu uma cultura sofisticada que se caracterizou pelas cerâmicas Cheongja (청자) ou as cerâmicas céladon que são verde-acinzentadas e pelas tradições budistas plenamente afloradas na época. O céladon coreano, produzido durante este curto período da dinastia Goryeo, consegue se distinguir do céladon chinês pela cor de jade (bisaek) (비색). A cerâmica céladon Goryeo é marcada por desenhos geométricos, filas de flores, paineis elípticos, peixes e insetos estilizados, podendo surgir em várias formas, desde garrafas, caixinhas, vasos em forma de melão com motivos de flores de lótus. Os temas mais comuns são as garças e as nuvens, símbolos auspiciosos de boa sorte e longevidade.
A Tripitaka Coreana – as escrituras budistas (Tripitaka) esculpidas em cerca de 80.000 blocos de madeira foram armazenados, e ainda se mantém, no Templo Haeinsa. Essas tábuas de madeira, mais de 80.000 unidades, visavam invocar a influência de Buda para combater os invasores mongóis.
Goryeo criou uma das primeiras prensas móveis de base metálica em 1234 a invenção da primeira tipografia metal do mundo que antecede em dois séculos a Bíblia de Johannes Gutenberg da Alemanha (1452-1455).
Nesta época, artesãos coreanos qualificados concluíram o cânone budista completo em numerosas xilogravuras e o mais antigo sobrevivente dessas prensas é a Jikji que foi feita em 1377.
Jikji ou Jikjisimcheyojeol, é o título abreviado de um documento budista coreano escrito pelo monge Baegun que morreu três anos antes de esta edição ter sido impressa. Em Setembro de 2001, a UNESCO confirmou que Jikji é o livro mais antigo impresso com tipos móveis metálicos no mundo.